03 abril 2007

Afinal até há quem me dê crédito!

...e tenho pena que não seja às minhas palavras! Outro dia recebi no correio um envelope todo janota de uma conhecida e conceituada instituição bancária, na qual nem tenho conta aberta. Já era habitual receber umas cartinhas do meu banco a "vender" créditos pessoais "com condições excelentes", mas esta era nova: Estamos a falar de um formulário para requisitar um cartão de crédito, que no início dizia qualquer coisa como "Foi um dos seleccionados para fazer parte do restrito grupo possuidor do XXXXXcard". Mal sabem eles que aqui o seleccionado é um tipo que vive à custa dos pais, até trabalha, mas com contenção, para continuar como dependente dos já mencionados pais, e além de fingir que estuda, tem dois carros para pagar (abençoados créditos familiares...).
Só há duas formas de ver a questão: Ou os tipos realmente acreditam no meu potencial espírito empreendedor, que a prazo virá a tornar-me um grande magnata da indústria capitalista, ou então o tal grupo restrito de seleccionados é qualquer coisa como "qualquer papalvo do qual consigamos arranjar nome e morada numa qualquer lista de endereços".
Embora ache que será mais a segunda hipótese, a sucessão de acontecimentos leva-me a achar que a primeira hipótese ganha forma:
No dia a seguir a esse, telefonam-me do meu banco também a vender créditos. Com pouca paciência e a abençoada educação que recebi por via de pancadaria e outros maus tratos lá expus a situação, dizendo que não estava de todo interessado, porque além de não recorrer a créditos, sou daquelas pessoas que deviam fazer parte de uma qualquer lista negra tipo "Malta a quem não se pode dar crédito", pelos motivos acima expostos. O tipo ainda insistiu, mas teve a sorte de dar por finda a chamada mesmo antes de eu começar a contar-lhe uma mirabolante história de vida ligada ao tráfico de estupefacientes, clínicas de recuperação, prostituição infantil e muita, muita violência. Será que isso o faria desistir? Talvez, se me desse crédito...

4 Comentários:

At 10:52 da tarde, Blogger PE said...

Isso foi antes ou depois de cortares a guedelha e as suíças à Eng. Sousa Veloso? Não te teriam confundido com um latifundiário ribatejano ou, como se diz agora, jovem agricultor (a única maneira de ser jovem em Portugal até aos 60 anos)? :-)

 
At 11:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Não acredito...o gajo cortou a gadelha??? Afinal o meu comentário resultou...a mãe obrigou-o a ir a um barbeiro...

 
At 12:13 da manhã, Blogger Setora said...

Pois não foi fácil. Muito sopapo e três ovinhos kinder para ele se entreter com os brindes durante a função.

 
At 4:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Mãe,
3 ovos kinder???
Vou voltar para o ninho...

 

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