O inquilino da cave

Uma entrada à campeão...

Pois foi. O plano era simples. Uma casa de família que costuma estar vazia, convida-se uma série de amigos, avisa-se a restante família da ida e tudo parece andar sobre rodas. Começam os cortes do costume "ah, pois, já tinha planos", "surgiu um imprevisto", entre outros... a pouco e pouco o que se julgava vir a ser uma noite brutal de borga começou a delapidar-se e a tomar a forma de um fracasso social. Poucos dias antes só restavam alguns do "gang" das vespas, a Lena, e pouco mais, e acabou por se delinear assim. Em cima da hora, veio a notícia que o Tio Eduardo nos ia fazer companhia, nada de mais, pensei, mas o resto da malta acanhou-se... Parece que não conheciam a família Pinheiro... Dia 29 saí de Lisboa com a Lena, rumo aos Valhascos, o intuito era jantar com a mamã, que fazia anos, dormir, e dia 30 seguir para a Serra. Saímos atrasadíssimos para o jantar, e arriscando-nos a que ele se transformasse em ceia, lá foi o concerto a levar calor. Quem me conhece sabe como lido com atrasos, e o pobre coitado já sabe que sobra para ele quando eu estou atrasado. A A1 parecia um deserto a partir de certa altura, e o que seria um claro excesso de velocidade parecia um planar baixinho com algum ruído, mas muita estabilidade. Dia 30 seguimos para S.Gião, adoro aquele troço entre a Covilhã e Vide - se não estou em erro, a N230 - feito de curvas cheias de visibilidade, uma paisagem deslumbrante, e um piso fenomenal. A Lena tem fobia a curvas, levou ali a vacina entre ganchos, reduções e um sorriso aberto de quem levava o volante nas mãos. Sim, houve muito ponta-tacão para quem gosta de gozar com os meus sapatinhos. Outras condições atmosféricas, outra hora do dia e um carro sem "co-piloto" teriam incluído mais avarias, mas assim já foi excelente. Chata foi a ideia que eles tiveram de se lembrar de ir para Famalicão em vez de S.Gião... sobretudo quando eu já lá estava. Resolveu-se bem, com um telefonema zangado e a Lena a reforçar a ideia, chegaram lá ainda nessa noite, e ao fim da tarde de 31 tivémos a notícia que ia juntar-se a nós o primo João, mais uns amigos. Potente! Comprada a bebida, sempre com a Lurdes (essa santa... não há palavras para lhe agradecer, eh eh!!!) a tratar da comida, jantou-se e esperou-se pela meia noite com conversas, café e, imagine-se, até bagaço! A festa tinha o epicentro na sala da casa, e o que aquele chão sofreu... o Manuel aguentou-se até tarde, e sem birras ou má cara até dançou com a Rute... essa fera do dancefloor. Faltou alguma matéria prima ao Dj, a ver se para a próxima convencemos o Xavier e fazemos uma mega-party na cave da casa, essa sim com bem mais potencial que a modesta cave que o inquilino habita... Ainda com algum sangue a correr no àlcool, tive a (in)feliz ideia de me ir deitar... fica a mental note: Quando beberes, lembra-te de vomitar antes de te pores na horizontal... Além das óptimas recordações deste fim de semana, o saldo fica-se por uns sacos-cama na máquina de lavar e um aquecedor de cama em mau estado... esperemos que tenha compostura. Pronto, aqui há que agradecer a paciência da menina Lena e o companheirismo dos que ajudaram a resolver a situação... tinha de ser o Antunes a fazer a figura degradante, não é? Pois é... Eu sei, há fotos, mas como há tanto mal no mundo que não vê a luz do dia, essas terão o mesmo destino... espero!

Eu diverti-me, e vocês? Obrigado por terem vindo, e quem não veio, que venha na próxima!

Só podia ter sido o Ed às 23:50