12 julho 2007

Época balnear

Diz-se por aí que é bom viver na cave. Não é preciso subir escadas quando se chega carregado de compras, no inverno é mais quente que os demais andares de um prédio (e com isto, não me refiro ao meu aquecimento a gás metano), no verão é mais fresco, dizem alguns invejosos que até tenho um páteo e tudo...
Agora, meus amigos, posso afirmar que estou em condições de vos deixar verdes de inveja, uma inveja tão forte que é capaz de provocar até náuseas. Aos que ainda estavam cépticos, aqui vai a ideia de hoje: A época balnear já abriu nas praias, e porque não havia de abrir na cave? Aqui o desgraçadinho até tem estado isolado desses momentos de lazer, por culpa de uma malfadada época de exames... (bom, época essa que até agora tinha sido bem almofadada, falta ver mais umas notas...)

Para completar esta ideia, segue-se uma imagem ilustrativa. Os mais ecologistas podem ficar descansados, não andámos a gastar àgua potável para encher o tanque...

Pois é, amiguinhos. Com direito a rede e tudo!!! O único senão prende-se com a àgua escolhida, e passo a transcrever uma mental note de há pouco:

"Não voltar a pensar que a àgua do esgoto do prédio pode ser boa para tomar banho"






Depois de confirmada a insalubridade da àgua junto das autoridades, lá se chamou um desentupidor. O homem vai buscar uma maquineta, uma mangueira metálica helicoidal, enfia-a na maquineta e zimbas... começa a enfiá-la para dentro da caixa de esgoto do prédio (convenientemente localizada naquela àrea de lazer a que chamam páteo). Minutos depois, como que por milagre ou mera acção da gravidade, a àgua começou a descer cano abaixo.
A hora seguinte foi passada na companhia de um balde, uma vassoura velha, e uma embalagem de lixívia.

Cada vez mais me lembro da frase de um célebre autor, que dizia:

"Praias na cidade, só dão para banhos de merda"

E isto sim, meus amigos, é um infeliz acontecimento... e uma ideia brilhante para esquecer o mais depressa possível.