08 junho 2006

Resultados do inquérito... e mais um momento de sorte

Pois é, amiguinhos... já há um veredicto (não um verdito, a vespa tem ferrugem, não é de latão por isso não ganha verdete)

Infelizmente, a culpa não é do Pedro... ok, eu vou ver se até ao fim deste post arranjo maneira de lhe atirar a culpa para cima...

Antes de sair do isel, resolvi sujar as mãos... toca a tirar o balon, e desligar do carburador o cabo do autolube, para tirar óleo para a gasolina, e prevenir agarranços a caminho de casa... mas o óleo demorou a sair, e depois saiu bem. Estranho, pensei... deixei correr um pouco, e enfiei o tubo no carburador. Estranhei, porque vi uma bolha de ar no tubo e ela começou a percorrer o tubo de volta ao depósito, e depois vi que estava a entrar ar pela boca do tubo, e o óleo estava a voltar para trás... tirei a tampa ao carburador, e vi o tubo rígido que vem ligar a mangueira ao carburador a abanar um bocado... fui a ver, e estava desapertado na base... daí entrar ar. Está resolvido o mistério. Falta de óleo, mistura a 0%... está-se a ver o resultado. Reapertei o tubo como consegui (falta de espaço para chaves, só lá entrava um alicate fino...). Causas disto... vibração? Não sei... Fenómeno do Entroncamento? Talvez (e isto já é o habitual, por isso...) Sabotagem?? não está fora de questão... (eu não disse que ainda arranjava maneira de culpar o Pedro???)


Agora o momento de sorte... eu bem disse no post anterior que tenho tanta sorte como uma alforreca numa pedreira... Depois de sanada a questão do agarranço (embora se notem algumas consequências na subida de regime...), a caminho de casa partiu-se o cabo da embraiagem... Enfim...

07 junho 2006

3 de seguida...

Ao contrário do que a maioria dos leitores possa pensar, não se trata de nenhum feito a nível de coijo-e-tal, até porqu3e já toda a gente ouviu falar nos meus afamados 10 segundos de glória...

Ainda assim, e porque sabem que sou um tipo com sorte... acho que sou daqueles tipos que podiam viver a vida toda a mesma rotina, imagine-se de todos os dias às 09:03 passar num cruzamento onde tinha de ceder a passagem, e durante 40 anos nunca encontrar lá nenhum carro. Justamente no dia em que resolva não abrandar, apanho com um... Bom, mas vamos ao que interessa: As 3 de seguida... ou devo dizer de enfiada? Se calhar 3 em linha, ou então 3 por 3, mas nesse caso seria 9, e 9 eu não aguentava... nem eu nem ela, se com 3 já ficou como ficou...

Então este texto todo para vos dizer que hoje a minha vespa agarrou 3 vezes seguidas, uma primeira aí a 90km/h, praí 500m depois, ia mais devagar naquela de arrefecer, e lá vai ela outra vez... e uma terceira, outros 500m depois e já eu ia com um andamento capaz de fazer rir aqueles velhotes que parece que vão ao ralenti na sua motorizada com a caixinha de fruta atrás, presa com uns elásticos, e lá agarrou a outra vez...

Vai ser instaurado um inquérito, para saber se atiro as culpas para o auto-lube, para os retentores da cambota, ou então para o Pedro...

Entretanto, e porque aquilo ficou com uma compressão muito sopimpa, capaz de empurrar rua acima o peso da mota mais um pacote de açúcar, porque se fôr mais já não sobe, acho que vamos ter de sujar as mãos um dia destes... até lá, e durante... alguém tem um motor 125/200 a mais que queira emprestar??? É que isto agora está capaz de andar tanto ou menos que a vespa do Xavier...

06 junho 2006

Entrevista ao tipo que achava que era não-sei-o-quê

Sempre em busca de novos conteúdos, e todos com elevadíssimo interesse cultural, aqui segue uma entrevista a um tipo que achava que era não-sei-o-quê.

O Inquilino - Boa tarde, meus amigos. Encontramo-nos aqui com o tipo que achava que era não-sei-o-quê. Para os mais desatentos, falamos da pessoa que não tinha a certeza, apenas achava.
O Tipo - Boa tarde! Bem, antes de mais gostava de dizer que às vezes também tenho a certeza, mas é de coisas diferentes. De qualquer das formas, fica já a ressalva que eu não acho que sou não-sei-o-quê, mas sim acho que é não-sei-o-quê...
O I - Mas sempre achou que era não-sei-o-quê, ou já teve épocas diferentes?
O T - Quanto a isso, eu inicialmente tinha a certeza que era não-sei-o-quê, mas aqui há tempos mostraram-me que também poderia ser não-sei-que-mais, e a só a partir daí comecei a achar.
O I - ...um confronto de ideais, portanto...
O T - Não, foi mesmo o tipo que tinha a certeza que era não sei que mais, e depois disso ficámos os dois apenas a achar.
O I - Não chegaram a um consenso?
O T - Sim, achámos um consenso, daí termos passado a achar...
O I - Mas e, afinal, o que é não-sei-o-quê?
O T - Hã?
O I - Não me expliquei bem, perguntei o que era ao certo aquilo que você achava.
O T - Bom, como disse há pouco, já não tenho a certeza, apenas acho, por isso não é ao certo. De qualquer das formas, e como já todos sabem, eu acho que é não-sei-o-quê...
O I - Mas o que é isso?
O T - Se eu soubesse o que era, teria a certeza, não?
O I - Mas o que acha que é, é o quê?
O T - Mau, maria... eu acho que é não-sei-o-quê, já lhe disse há pouco!
O I - E o que é isso?
O T - Olhe, não é não-sei-que-mais, e certamente também não seria tal-e-coijo, até porque o não-sei-quantos publicou aqui há tempos um artigo onde demonstrava que de certeza que tal-e-coijo estava fora de questão.
O I - Mas também já houve tal-e-coijo?
O T - Olhe lá, por quem nos toma? Isto aqui não é um filme de cowboys, amigo...
O I - Não, não é isso, mas já houve um tal-e-coijo na história?
O T - Sim, pá. Havia um tipo que achava que era tal-e-coijo, mas acabou por ser preso quando estava a tentar fugir sem pagar depois de ter feito uma demonstração disso num bordel na Guiné.
O I - Portanto, tal-e-coijo está fora de questão...
O T - Sim, a não ser ali com aquela sua amiga... mas de qualquer das formas, eu já tinha dito isso há pouco!
O I - Já agora, disse Guiné? Em que cidade, mais propriamente?
O T - Olhe, eu já tive a certeza, mas também há um tipo que acha que o tal-e-coijo não ficou na Guiné, mas sim na Polónia.
O I - Mas isso é uma questão de gostos, ou questão geográfica mesmo? Daí vocês só acharem...
O T - Pois, mas aliás, nós não achamos que é tal-e-coijo, o tipo que achava acabou preso.
O I - Mas preso onde?
O T - Ah, foi numa prisão, certamente, mas lá dentro eles lá sabem ao que o prendem. Ele insistia em dizer que tal-e-coijo só amarrado à cama, mas eles lá têm beliches...
O I - E voltando à questão de não-sei-o-quê, em que ficamos?
O T - Qual questão?
O I - Quer explicar porque é que acha que pode ser não-sei-o-quê, e até o que é não-sei-o-quê?
O T - Quanto a o que é não sei-o-quê, não sei o que é. Mas isso também há um tipo que diz que não-sabe-o-que-é, e eu acho que é não-sei-o-quê.
O I - Mas então, não sabe o que é, senão também não diria "não-sei-o-quê"
O T - Sim, eu sei que há qualquer coisa, mas repare que eu acho que é "não-sei-o-quê", e isso é alguma coisa. O tipo que acha que não-sabe-o-que-é é que não sabe o que é.
O I - ...Relativamente à coisa em si, ou ao tipo?
O T - Pois, sabe, isto há muita gente que não sabe bem ao que anda, e esse é um deles... Às vezes damos com ele parado, de braços abertos, e quando lhe perguntamos o que é que ele tem, ele diz: - "Ah, sou uma àrvore, uma oliveira...". Felizmente já nos habituámos a algumas das posições, só há uns casos mais chatos, como por exemplo quando ele põe os braços esticados para cima, e une as mãos, nunca sabemos se é um prego, se um eucalipto...
O I - Deve ser complicado viver com uma pessoa assim...
O T - Lá está você... eu já disse que isto aqui não é um filme de cowboys... conhecemos o tipo, não vivemos com ele, ok? Vocês lá na cave é que têm uma estranha relação entre um irmão, uma irmã, e o namorado da irmã, mas isso é lá convosco!
O I - Bom, nós sabemos ao que andamos... e acredite que anda longe desses filmes. De qualquer das formas, está aqui para nos dizer porque é que acha que é não-sei-o-quê.
O T - Ai é para isso? Mas eu só acho que é não-sei-o-quê, não consigo prová-lo. A questão de ser não-sei-o-quê é muito abrangente, e pode ser muita coisa, mas tanto pode ser isto, como outra coisa qualquer...
O I - Então... afinal, ser não-sei-o-quê é uma resposta abrangente, mas pode ser outra coisa qualquer?
O T - Pois
O I - ah...

(Bom, como se compreende, esta entrevista não vai a lado nenhum, ou talvez vá a um-lado-qualquer, ou não-sei-onde... a redacção resolveu parar por aqui...)

05 junho 2006

A osga está de volta

Pois é. Alguns frequentadores mais assíduos lá de casa devem lembrar-se da nossa amiguinha. Desde há alguns anos que temos esta visita no verão, do lado de fora da janela da cozinha de casa dos meus pais. Como a luz da cozinha está acesa noites a fio, a osga lá nos visita assiduamente, e enquanto nós jantamos também ela vai deitando o dente a traças, mosquitos, e outros que tais. Ok, é um momento um bocado bbc vida selvagem a mais para quando se está a tentar jantar, mas ninguém a vai obrigar a comer bifes, não é? E ela até é educada, arrota menos vezes que o Pedro e até se pode dizer que come com modos, embora às vezes pareça que está a brincar com a comida, mas comer borboletas vivas só com uma dentada não deve ser fácil...


Falta-nos uma lá na cave, sempre é mais uma para ajudar a pagar a renda...