Então e que tal um vídeo para vermos o que se passa dentro de um cilindro?
Para os mais interessados no assunto, a labareda junto da válvula de admissão será certamente um ponto de intriga. Das várias e mirabolantes explicações para o acontecimento, diria que a mais simples será má vedação na válvula. Que outras poderá o leitor sugerir, por entre considerações de mecânica dos fluidos e termodinâmica?
Porra, o que eu tinha jeito era para professor de máquinas térmicas... já imaginaram o terror que seria uma pergunta destas num teste?
Diz-se por aí que é bom viver na cave. Não é preciso subir escadas quando se chega carregado de compras, no inverno é mais quente que os demais andares de um prédio (e com isto, não me refiro ao meu aquecimento a gás metano), no verão é mais fresco, dizem alguns invejosos que até tenho um páteo e tudo... Agora, meus amigos, posso afirmar que estou em condições de vos deixar verdes de inveja, uma inveja tão forte que é capaz de provocar até náuseas. Aos que ainda estavam cépticos, aqui vai a ideia de hoje: A época balnear já abriu nas praias, e porque não havia de abrir na cave? Aqui o desgraçadinho até tem estado isolado desses momentos de lazer, por culpa de uma malfadada época de exames... (bom, época essa que até agora tinha sido bem almofadada, falta ver mais umas notas...)
Para completar esta ideia, segue-se uma imagem ilustrativa. Os mais ecologistas podem ficar descansados, não andámos a gastar àgua potável para encher o tanque...
Pois é, amiguinhos. Com direito a rede e tudo!!! O único senão prende-se com a àgua escolhida, e passo a transcrever uma mental note de há pouco:
"Não voltar a pensar que a àgua do esgoto do prédio pode ser boa para tomar banho"
Depois de confirmada a insalubridade da àgua junto das autoridades, lá se chamou um desentupidor. O homem vai buscar uma maquineta, uma mangueira metálica helicoidal, enfia-a na maquineta e zimbas... começa a enfiá-la para dentro da caixa de esgoto do prédio (convenientemente localizada naquela àrea de lazer a que chamam páteo). Minutos depois, como que por milagre ou mera acção da gravidade, a àgua começou a descer cano abaixo. A hora seguinte foi passada na companhia de um balde, uma vassoura velha, e uma embalagem de lixívia.
Cada vez mais me lembro da frase de um célebre autor, que dizia:
"Praias na cidade, só dão para banhos de merda"
E isto sim, meus amigos, é um infeliz acontecimento... e uma ideia brilhante para esquecer o mais depressa possível.
É estranho, mas verdade. Hoje fala-se de pó. Durante a varridela aqui de casa, feita com uma periodicidade bastante inferior à desejada, deparei-me com uma das mais fáceis culturas de manter: O pó. Enquanto varria, vieram-me à cabeça bastantes ideias sobre este conceito que sempre esteve debaixo dos nossos narizes (e até lá dentro, formando aquelas deliciosas catotas que tiramos ao conduzir, enquanto esperamos que o semáforo abra o verde ou a velha da frente acabe de estacionar o carro). Autonomeei-me cultivador de pó, e vejo nas minhas francas qualidades de preguiçoso o potencial para me tornar líder do conceito. Passo a apresentar as maravilhosas vertentes da cultura de pó, bem como as vantagens (não mencionei desvantagens propositadamente, porque o pó é nosso amigo e ainda estão por provar as propriedades cancerígenas do mesmo).
Os cultivadores de pó dividem-se em dois tipos: Os que o tentam manter o mais puro possível, e os que investem na mistura com outros substratos para formar cotão, mais volumoso e fofo. Claro que estes últimos têm a tarefa facilitada, uma vez que os actuais soalhos flutuantes são um vivieiro privilegiado de cotão, misturando fibras e pó com cabelos, e tudo o que mais possa aparecer de uma forma praticamente automática.
Vantagens de cultivar pó: - Menos trabalho nas limpezas, uma vez que o pó passa a ser um bem sagrado. - Livramo-nos dos alérgicos ao pó, essa estirpe nejenta de seres vivos que não podem conviver com pós. Está cientificamente provado que apenas 5% dos alérgicos ao pó são boas pessoas, deixando os outros 95 ao deus dará, entre cargos políticos e repartições de finanças. - O termo limpeza passa a ser chamado colheita, sendo menos incómodo para quem pensar em fazê-la. - A menor frequência das colheitas, a fim de obter uma boa cultura, trará momentos de alegria e diversão ao medirmos o amontoado algures no meio do corredor depois de delicadamente conduzido com uma vassoura. (bem, já estou a ver as conversas de café: "epá, andei dois meses a cultivar debaixo da cama, acreditas que só aí e no resto do meu quarto consegui quase 50L de cotão?")
Claro que assim se torna necessária a criação de uma associação mundial de criadores de pó (ou talvez uma federação... não, confederação!) para classificar, ordenar e organizar os vários tipos de pó e cotão, as suas densidades, etc.
Só falta encontrar uma aplicação para o pó, mas até lá esta actividade sempre é menos nojenta que coleccionar cera dos ouvidos...
Pois é, amiguinhos... para tudo há uma explicação, e aquela infâmia de multa a uma velocidade supersónica bem me pareceu exagero para um carro tão pouco dotado!
Este vídeo explica bem o que deve ter acontecido... provavelmente alguém viu este anúncio e resolveu experimentar com o Antunes.
...e tenho pena que não seja às minhas palavras! Outro dia recebi no correio um envelope todo janota de uma conhecida e conceituada instituição bancária, na qual nem tenho conta aberta. Já era habitual receber umas cartinhas do meu banco a "vender" créditos pessoais "com condições excelentes", mas esta era nova: Estamos a falar de um formulário para requisitar um cartão de crédito, que no início dizia qualquer coisa como "Foi um dos seleccionados para fazer parte do restrito grupo possuidor do XXXXXcard". Mal sabem eles que aqui o seleccionado é um tipo que vive à custa dos pais, até trabalha, mas com contenção, para continuar como dependente dos já mencionados pais, e além de fingir que estuda, tem dois carros para pagar (abençoados créditos familiares...). Só há duas formas de ver a questão: Ou os tipos realmente acreditam no meu potencial espírito empreendedor, que a prazo virá a tornar-me um grande magnata da indústria capitalista, ou então o tal grupo restrito de seleccionados é qualquer coisa como "qualquer papalvo do qual consigamos arranjar nome e morada numa qualquer lista de endereços". Embora ache que será mais a segunda hipótese, a sucessão de acontecimentos leva-me a achar que a primeira hipótese ganha forma: No dia a seguir a esse, telefonam-me do meu banco também a vender créditos. Com pouca paciência e a abençoada educação que recebi por via de pancadaria e outros maus tratos lá expus a situação, dizendo que não estava de todo interessado, porque além de não recorrer a créditos, sou daquelas pessoas que deviam fazer parte de uma qualquer lista negra tipo "Malta a quem não se pode dar crédito", pelos motivos acima expostos. O tipo ainda insistiu, mas teve a sorte de dar por finda a chamada mesmo antes de eu começar a contar-lhe uma mirabolante história de vida ligada ao tráfico de estupefacientes, clínicas de recuperação, prostituição infantil e muita, muita violência. Será que isso o faria desistir? Talvez, se me desse crédito...
Como algums dos estimados leitores saberão, há dias atrás foram as 8 horas de resistência... E depois de uma hora de resistência a escrever um lindo texto, ao colocar umas fotos da equipa, o firefox resolve bloquear e mandar tudo às urtigas.
...e queria também dizer aqui, que isto aqui, que isto aqui, é uma cambada de gatunos, uma cambada de ladrões, e uma cambada de chupistas!
A semana estava a correr bem, e ontem não foi excepção... Lá vinha eu sentadinho no carro, com meia hora para ir de Caneças até à faculdade, quando começo a ver uns sinais de luzes dos carros do outro sentido. Metros mais à frente e começou a saga. Um amontoado de gente, tudo na beira da estrada, a gritar coisas simpáticas entre o "Assassino!", "Animal!!!", sem esquecer o bom velho "Filho da P...!!!". O ambiente aí estava pesado, e já me tinha apercebido que era para mim que falavam. Mais metro menos metro, aparece um polícia de metro e meio a fazer-me sinal para encostar. A mim, e ao carro da frente. A populaça atirava coisas e gritava insultos uns atrás dos outros, e eu mantive a postura, como um criminoso à saída do tribunal. Quando o agente se chegou à janela do carro já eu tinha a papelada toda na mão, a ver se despachava a coisa porque tinha horas para chegar ao destino. O homem lá vê tudo, e vai confirmando que está tudo em ordem, até que me pede para sair do carro. "Queres ver que vou ao balão às 5 da tarde?" - Pensei para mim, enquanto me desviava de pedras e fruta podre atirada pelos populares... Lá verbalizei a questão de outra forma, perguntando o que se passava. O homem diz "bom, é que você foi caçado pelo radar ali atrás na estrada, e circulava em excesso de velocidade". Pasmado, lá perguntei a quanto ia, e a resposta foi pronta "bom, a minha colega ainda não confirmou ao certo, mas vamos começar a tratar do auto". Sorte ou azar, encontrei um cheque na minha bolsa e lá senti serem-me extorquidos 120€, a fim de evitar ficar com a carta apreendida. O povo continuava a amontoar-se e a perder as estribeiras perante mais um assassino em excesso de velocidade, embora este ainda não tivesse morto ninguém. Uns já preparavam a corda para me pendurar numa àrvore, até que o polícia pede às pessoas para terem calma, adiantando a velocidade-record a que eu seguia: 62km/h, numa zona de estrada aberta que curiosamente tinha limite de 40 (ou assim fiquei a saber naquele momento). A gritaria parou. Alguns debandaram, e outros não perderam o fôlego, voltando a gritar: "Palhaaaaaaço!!! Ladrão! Anda a malta a trabalhar para tu vires aqui roubar gente inocente??? Cornudo!!!"
Tenho uma ligeira impressão que esta última parte não era para mim, mas como também não penduraram o agente na árvore com uma corda ao pescoço, fiquei sem ter a certeza... Já viram isto? Uma coisa é certa, ao menos ficámos a saber que o meu mini passa dos 60...